sábado, 4 de outubro de 2008

CV

Currículo de

João Carlos Cascaes


Dados pessoais

Data de nascimento: 8 de outubro de 1944
Naturalidade: Blumenau, Santa Catarina
Estado Civil: casado
Filiação: Pedro Cascaes e Francisca Baião Cascaes
Esposa: Tânia Rosa Ferreira Cascaes

Endereço residencial :
Rua Dorival Pereira Jorge, 282, Vila Isabel, Curitiba
CEP 80.320-060
Telefax: (x41) 3242 7082

Engenharia em eletrotécnica: Escola Federal de Engenharia de Itajubá, EFEI (Itajubá), período de 1964 a 1968
Mestrado em engenharia elétrica ( sistemas de potência ): Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC (Florianópolis), 1972
Defesa de tese, mestrado, UFSC, “Critérios para Load Shedding”, 1974.


Treinamento e estágios:

Qualidade Total ( Fundação Christiano Ottoni ) com treinamento em diversos níveis, inclusive curso para executivos no Japão, 1994, promovido pela JUSE. Participação em diversos seminários internos sobre TQC.
Cursos internos à Copel sob o tema “Desenvolvimento Gerencial”.
Cursos básicos em Psicologia, Análise Transacional e Liderança.
Cursos internos à Copel sobre administração financeira.
Participação em seminários e cursos sobre confiabilidade.
Participação em cursos, seminários e estágios na área de manutenção, operação e planejamento de empresas de energia no Brasil e no Exterior.
Participação de seminários em transporte coletivo urbano na França e Brasil.
Membro de comissão de avaliação técnica de capacidade de projeto e fabricação de subestações isoladas a SF6, tendo visitado (1977) diversas fábricas e instalações na Europa e América do Norte.
Estagiário do governo francês em 1988 em técnicas de transporte coletivo ferroviário com ênfase nos sistemas de bonde e metrô leve.
Diversos cursos na Aliança Francesa.
Diversas visitas técnicas no exterior.
Colaborador de jornais com dezenas de artigos publicados.

Trabalhos publicados:

Diversos artigos técnicos na área de Engenharia
Livro: “Conversando com meus filhos”, Editora Ócios do Ofício, Curitiba, 1996.
Co- autor do livro: “Colunistas CanalEnergia - Transição para o novo modelo”.
Um dos colaboradores do livro “Setor Elétrico Brasileiro, passado e futuro – 10 anos”, editora CanalEnergia, 2005.


Atividades profissionais:


1 — Apoio a atividades familiares
Loja a Instaladora de Blumenau
Período: 1957 a 1962
2 — Professor de História, Francês e Desenho
Instituto 7 de Setembro, Itajubá, MG
Período: 1966 a 1968
3 — Professor de Física Prática (laboratório)
Universidade Federal de Santa Catarina — UFSC
Ano: 1972
4 — Engenheiro da Companhia Paranaense de Energia
Período: 1966 (11 de dezembro) a 1995 (1 de agosto)
5 — Professor de Engenharia: Sistemas de Potência, Materiais Elétricos
Universidade Federal do Paraná — UFPR
Período: 1975 A 1976
6 — Professor de Engenharia: Análise de Problemas Operacionais no
Centro Federal de Tecnologia do Paraná — CEFET
Período: 1977 a 1981
7 — Diretor de Planejamento e Engenharia e Planejamento da URBS, Urbanização de Curitiba S.A. Cedido pela Copel à PMC.
Período: 1986 a 1988
8 — Diretor gerente da “Cascaes, Ferreira & Cia. Ltda”, CASFER.
Período: a partir de (alvará concedido ) 27/10/95.
9 — Consultor da Mecânica Pesada (Gec Alsthom), posteriormente ALSTOM Brasil, para o estado do Paraná de agosto de 1995 a outubro de 2000.
10 - Consultor da Prefeitura de Blumenau
Período: 01/01/97 a 13/02/98
11 - Consultor da Automat a partir do ano 2000 até março de 2007.
12 – Professor em Engenharia Elétrica na Universidade Tuiuti de julho de 2001 até março de 2003
13 – Consultor da indústria Celulose e Papel Iguaçu S. A de 2002 até março de 2007.
14 – Desenvolveu projeto de P&D para o ONS em Qualidade de Energia Elétrica e 2002 e 2003
15 – Responsável técnico pela Centrais Elétricas Salto Correntes a partir de sua criação em 2003 até março de 2007.
16 – Presidente do Instituto Automat – IAUT –de fevereiro de 2006 até março de 2007.
17 – Consultor da PricewaterhouseCoopers na análise do novo modelo do setor elétrico brasileiro no início da administração PT.

Cargos Públicos Relevantes

Diretor de Operação da COPEL de 1991 a 1993
Diretor Presidente da COPEL de 1993 a 1994.
Diretor de Planejamento e Engenharia da URBS, Urbanização de Curitiba S.A. Cedido pela Copel à PMC, Período: 1986 a 1988
Presidente da ACESA, “Associação Nacional das Empresas Estaduais de Energia Elétrica”, Ano: 1994

Fatos relevantes da vida profissional:

URBS

Gerenciei a especificação técnica, compra e entrada em operação de 88 ônibus articulados para a frota pública de Curitiba. Com características próprias ao serviço de Curitiba, exigiram análises especiais.
Colaborador nas negociações para mudança do modelo institucional do transporte coletivo urbano de Curitiba na administração do então prefeito Roberto Requião.
Construímos e reformamos terminais de ônibus, implantamos sistema de bilhetagem e catracas automáticas e planos de manutenção para a frota.
Recuperamos dezenas de quilômetros de vias dedicadas ao transporte coletivo, partindo de estudos de custo e benefício dessas vias.
Participamos de inúmeras reuniões de análise do planejamento de Curitiba e Região Metropolitana. Tecnologias de transporte foram exaustivamente analisadas, em especial a possibilidade de implantação de bondes e tróleibus. Análises diversas terminaram por não aceitar o projeto bonde.
Aprimoramos o “Transporte para o Ensino Especial”, SITES, (crianças portadoras de deficiências), adaptando ônibus e construindo o terminal de integração.
Participamos de diversas reuniões de análise do planejamento de Curitiba e região metropolitana com o IPPUC e COMEC.

COPEL

Na COPEL exerci diversas funções chegando a Diretor de Operação em 1991 e Presidente em 1993. O período em que lá trabalhei foi de grande desenvolvimento da empresa. Isto permitiu-me vivenciar situações extremamente educativas, ou seja, acompanhei os problemas de uma empresa de energia elétrica a partir de um estágio em que se encontrava fragmentada, pequena, geradores diesel sendo a base energética de sistemas isolados. Quando me desliguei da COPEL ela era uma companhia de quase 10 mil empregados, 1400 MW de carga média e 3339 MW de potência instalada efetiva.
Iniciei minha atividade profissional na COPEL em sua área de manutenção de instrumentos e ensaios. No início, de 1968 a 1971, participei do comissionamento do compensador síncrono (23 MVA) de Campo Comprido, da Usina de Júlio de Mesquita Filho (50 MW), Usina Parigot de Souza (250 MW), reentrada de grupo gerador de Campo Mourão, recebimento das subestações de Figueira (230 kV), Telêmaco Borba (138 kV), Foz do Iguaçu (138 kV), ensaios de rotina em muitas outras subestações e usinas assim como trabalhos de manutenção em sistemas de controle, proteção e medição. Essa fase de minha vida profissional deu-me uma base importante para os desafios posteriores. Nela dediquei-me essencialmente a auditorias técnicas, utilizando equipamentos e ensaios gradualmente mais complexos, exigindo-se compreensão do desempenho e características de projeto e operacionais.
Em 1972 fiz pós-graduação por ordem da COPEL e voltei trabalhando na área de análise do sistema de potência.
Em 1973 assumi a coordenação da comissão que desenvolveu e implantou o sistema de “load-shedding” no Sul do Brasil.
Estudos de load-flow, estabilidade, surtos de tensão e religamento automático eram feitos pela minha equipe. Com a criação de um grupo de planejamento integrado passamos a participar das análises do plano de expansão da COPEL e do Sistema Interligado do Sul do Brasil. O CCOI e, depois, o GCOI foram grandes espaços de trabalhos importantes ao desempenho de nosso sistema, muito frágil até a entrada em operação da malha de 500 kV.
Mesmo trabalhando na área de estudos fui chamado a participar de ensaios especiais. Com a ANDE acompanhei a entrada em operação do conversor de freqüência instalado em Acaray assim como de 3 geradores daquela usina. A colocação em operação do conversor de freqüência foi um trabalho espetacular. Concluída a obra, mesmo com o apoio do fabricante e de especialistas de alto nível, a máquina saia de sincronismo. Conseguimos fazê-la operar e, com diversas baterias de ensaios, deixamo-la ajustada às condições de transmissão existentes.
Vivemos uma fase de grandes desafios pois os problemas de estabilidade eram imensos.
Tive também a incumbência de reestudar os ajustes das proteções das usinas da COPEL, determinando novas regulagens.
Ao final da década de 70 envolvi-me completamente no comissionamento da Usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (1676 MW). Nesse espírito participei de missão à Europa e América do Norte para avaliação do estado da arte em subestações blindadas e isoladas com SF6. Na França e Itália participei do comissionamento de painéis e regulador de velocidade da Usina de GBM. Participei de diversas reuniões para estabelecimento de parâmetros desta usina.
A partir de 1980 voltei para a área de ensaios e manutenção de instrumentos. Com recursos de bancos internacionais gerenciei a substituição dos aparelhos de testes e medidas. Assim tivemos a oportunidade de aproveitar novas tecnologias, em especial a utilização de aparelhos digitais com conexão GP-IB. A área de ensaios foi reestruturada e preparada para novas tecnologias de ensaios.
Assumi o departamento de manutenção de usinas onde implantamos o controle da manutenção preventiva (COMAP), sistemas à base de PERT para gerenciamento de grandes manutenções, novas técnicas e planos de manutenção e iniciamos a utilização de sistemas de gerenciamento informatizados. Formamos uma equipe que tem sido expoente dentro da empresa, destacando-se pelo alto nível de treinamento e capacidade de trabalho.
Na diretoria pude determinar a implantação do telecomando e automação em subestações e usinas, a substituição do sistema de telesupervisão do sistema Copel.
Tendo sido conselheiro (junho 91 a setembro de 1991) e presidente (setembro de 1991 a dezembro de 1994) do Conselho de administração do LAC (atuamos para a revitalização daquele centro de pesquisa. Assim gestionamos para a obtenção de recursos, que alavancaram o LAC assim como refizemos contrato com o CEHPAR (Centro de Hidráulica e Hidrologia Professor Parigot de Souza) nesse sentido. Nessa época, aproveitando oportunidade criada com a construção da Usina de Caxias, criamos o LAME, posteriormente absorvido pelo LACTEC (antigo LAC) com o nome Laboratório de Instrumentação para Diagnóstico de Materiais.
Na Copel implantamos uma coleção de relatórios eletrônicos e, principalmente, o correio eletrônico. Nessa época tivemos o comissionamento da Usina de Segredo (1260 MW).
Presidente da COPEL, minha primeira decisão foi criar o Escritório de Qualidade, subordinado à presidência. Em contrato com a Fundação Christiano Ottoni iniciamos a implementação do “Programa de Qualidade Total”, assim como o programa de treinamento “Executivo ano 2000”. A grande meta era mudar a cultura da empresa, ajustando-a aos desafios da qualidade, produtividade e competitividade.
Na Presidência iniciei a construção da Usina de Salto Caxias (1200 MW) e da Derivação do Rio Jordão, acrescentando 57 MW de geração firme à Segredo e uma geração de 6,5 MW no Rio Jordão. Este trabalho acrescentou à minha vivência política e gerencial a experiência da negociação com ONGs aguerridas, principalmente as ligadas à Igreja Católica, os ecologistas, sociedades ruralistas e outros. A burocracia junto ao DNAEE, ELETROBRÁS e secretarias do estado do Paraná foi um desafio vencido com competência por nossas equipes. Como Presidente tive de defender esses projetos junto à Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, comunidades e outros grupos de vigilância civil. O bom conceito da COPEL ajudou muito.
Generalizamos o uso do correio eletrônico, terminais e relatórios eletrônicos. A área de comunicação teve um grande incremento. Na COPEL essa área encontrava-se desatualizada, prejudicando a implementação de muitas técnicas importantes à sua otimização.
Iniciamos a implantação de linhas de distribuição semi isoladas. Negociando com as prefeituras a COPEL estabeleceu um plano de divisão de custos, permitindo o estabelecimento de um programa ambicioso e que visa resolver a baixa confiabilidade das redes de distribuição em áreas arborizadas.
Com o IAPAR e a UFPR iniciamos a implantação do Sistema de Meteorologia do Paraná (SIMEPAR). Assim o Paraná terá condições de operar suas usinas com maior segurança além de reduzir perdas enormes na agricultura e outras atividades.
Abrimos o capital da COPEL, iniciando o processo de abertura de seu capital.
Criamos com a DUTOPAR e COPEL a Companhia Paranaense de Gás (COMPAGÁS). A negociação para a criação desta empresa foi difícil pois, a princípio, haveria a participação da Petrobrás. Esta empresa (PETROBRÁS) forçou a criação da COMPAGÁS, querendo participar da distribuição do gás no Paraná. Ao final foi impedida pelo próprio Governo Federal de fazê-lo. Na DUTOPAR o maior acionista é a GASPART, com quem tivemos um diálogo mais objetivo. A COMPAGÁS herdou o acervo técnico da COPEL gerado em muitos anos de estudos do mercado paranaense. Como sua subsidiária, a COPEL é a acionista majoritária, forma equipes e negocia com as empresas paranaenses a utilização do gás a ser importado via gasoduto Brasil / Bolívia. Em uma primeira etapa pretende-se utilizar excedentes do gás da refinaria, REPAR.
O uso de fibras óticas intensificou-se, culminando com a assinatura de um convênio com a TELEPAR para a implantação de um grande circuito envolvendo as grandes cidades paranaenses com cabos OPGW.
Nesse período fui presidente da ACESA, quando participei de articulações em torno da reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro.
Fui também membro do Conselho de Administração do CEPEL (outubro de 1991 a janeiro de 1995). Como presidente da COPEL participei de diversos conselhos.
Note-se que no Paraná o presidente da COPEL reporta-se diretamente ao governador. Isto implica em grande atividade política neste cargo. Isto tornou-se intenso com as decisões tomadas no período. O presidente da COPEL é o responsável pelo planejamento energético do Estado do Paraná. A criação da COMPAGÁS, subsidiária da COPEL, mostrou bem esta condição.

PMB

Junto ao SETERB organizamos equipe e trabalhos de reestruturação técnica do transporte coletivo urbano de Blumenau. Refizemos padrões para o transporte coletivo daquela cidade, atualizando lógicas, introduzindo os ônibus articulados e criando elementos que serviram de base para o programa “Blumenau Século 21”.
O SETERB é o órgão gerenciador do transporte coletivo urbano de Blumenau. Apesar da dimensão do serviço, a PMB carecia de cultura técnica e disciplina para o exercício de sua função normativa e fiscalizadora.

No SAMAE apoiei a gerência maior na organização e contatos técnicos. Principalmente projetos de maior sofisticação técnica precisam de orientação para não se perderem em burocracias e decisões equivocadas.
Desenvolvi trabalho junto à Defesa Civil de Blumenau, analisando e propondo ações e projetos para alerta e controle de cheias. Incrivelmente o sistema de proteção do vale do Itajaí estava extremamente mal administrado, havendo, inclusive, um vácuo nas responsabilidades em decorrência da extinção do DNOS. Procurei alertar e orientar a administração municipal para diversas providências administrativas e técnicas necessárias à normalização da situação existente.

ALSTOM

Colaborei em análise de projetos para o estado do Paraná na área de geração de energia elétrica.


Jornal “A Folha da Imprensa” , Curitiba

Jornal “A Folha da Imprensa”, Curitiba. Colunista (diário) do jornal “A Folha da Imprensa” de 1996 com ensaios diários publicados até 2005.

Jornal “Paraná Politico”, Curitiba

Colunista em 2006.


Jornal “Boletim do Condomínio” , Curitiba

Colaborador

Portal “Canal Energia” , Rio de Janeiro

Colunista (semanal) do jornal de 2001 a 2007.


Atividades sociais e políticas

Membro do Centro de Letras do Paraná

Prêmios de destaque

Em 29 de março de 2000 o “Prêmio Cultura e Divulgação” da Câmara Municipal de Curitiba.
Em 10 de janeiro de 2005 “Diploma de Mérito” conferido pelo CREA-PR.

Ação política

Co - promotor de Ação Popular que impediu liminarmente a transferência da Copel para o Banco Itaú no processo de privatização do Banestado (ação em andamento).
Diretor técnico do Fórum Paranaense contra a Venda da Copel em 2001

Ação comunitária

Fundador e diretor e/ou presidente durante um período das seguintes associações:
APC- Associação dos Profissionais da COPEL
APEE- Associação dos Engenheiros Eletricistas do Paraná
ADAPTE- Associação de Defesa e Assistência a Pessoas em Tratamentos Especiais
AAB, Associação dos Amigos de Blumenau.
Conselheiro do Instituto de Engenharia do Paraná, IEP, de 1985 a 1986, 2001 até março maio de 2004.
ABDC, diretor da Associação Brasileira de Defesa do Civismo.
APH, conselheiro (agora demissionário) a partir de julho de 2008.

Curitiba, outubro de 2008

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