sábado, 21 de março de 2009

Trava para cadeirantes nos ônibus

Reuniões na ADFP sobre o transporte coletivo urbano de Curitiba com o Dr. Paolo Sbalzer da Q´Straint:
http://www.youtube.com/view_play_list?p=2CC3ED69EF790A6F

sábado, 14 de março de 2009

terça-feira, 3 de março de 2009

Discussão sobre a planilha do transporte coletivo urbano de Curitiba

Em 3 de março deste ano, Câmara de Vereadores de Curitiba, o Dr. Marcos Isfer, atual presidente da URBS, fez uma apresentação detalhada da planilha do custo do sistema de transporte coletivo urbano de Curitiba. Ótimo! A principal conclusão, entretanto, é que o sistema está no limite de condições de existência sem déficit. Obviamente as referências do presidente foram positivas. Sabemos, contudo, que há necessidade de enormes investimentos para que a frota volte a ter boa qualidade e dimensão. O padrão técnico dos veículos tem sido relaxado para se permitir reduções tarifárias, o que expõe a população a desconfortos e inseguranças.
Em recente visita à Volvo pudemos ver com tristeza o distanciamento dos padrões dos nossos ônibus em relação aos possíveis (como, por exemplo, os exportados para Santiago do Chile). Há muito tempo estamos nos distanciando do que poderia ser considerado bom, seguro, confortável (e não apenas bonito), mais ainda agora com os novos desenvolvimentos que a indústria oferece. No Brasil onde os operadores escolhem os carros com critérios via de regra distantes da melhor técnica, não temos boas referências. Se quisermos saber o que é um bom ônibus deveremos visitar as melhores cidades européias, onde a população exige mais cuidados e confortos.
Temos um sistema e uma máquina grande em torno da URBS, o que gera custos que, na administração Requião, eram absorvidos pela receita fiscal do município. Assim, após 1988 a folha de pagamento da URBS passou para a tarifa. Extinguiram também a figura da “frota pública”, algo que nos permitia escolher os melhores ônibus possíveis para o povo curitibano.
Algumas gratuidades no sistema podem ser reduzidas para redução de custos. Pelas tarifas que são cobradas dos usuários de certos serviços ficamos sem entender porque tem tantos privilégios, que o usuário dos ônibus pagam.
Mais surpresos ficamos ao saber que uma série de impostos, taxas e encargos, etc. oneram a tarifa. Ou seja, apesar dos discursos inflamados de nossas autoridades federais e municipais, principalmente, temos parcelas pesadas sobre as tarifas, que não precisariam existir, lembrando-se que o transporte coletivo urbano retira centenas de milhares de automóveis de nossas ruas, transporta nosso povo, reduz a poluição, a exigência de tantas ruas, trincheiras e viadutos que os automóveis demandam para poderem se deslocar cada vez mais lentamente pela cidade, prejudicando também o sistema de transporte coletivo urbano.
Saímos da reunião com a convicção de que temos um bom presidente na URBS. Mostrou domínio e facilidade de raciocínio. Podemos, contudo, ajudá-lo exigindo mudanças no modelo tarifário, no retorno da frota pública, na reanálise de gratuidades, na exigência de melhores veículos e sistemas de apoio etc., criando-se, pois, pressão a favor do aprimoramento do sistema.
Se vemos com tranqüilidade a disposição para se gastar bilhões de reais no sistema de metrôs, entendemos que nada mais lógico será investir nos ônibus, onde, em curto prazo, poderemos ter uma evolução sensível nos padrões de serviços.

Cascaes
3.3.2009

Ver detalhes no endereço:
http://www.youtube.com/view_play_list?p=1AC264D4B2D91616