terça-feira, 25 de maio de 2010

Por favor, não beba se for dirigir

O transporte racional, a mobilidade sadia


Em Curitiba, se visitarmos o Parque Barigui, será rotina vermos centenas de pessoas devidamente vestidas (afinal para tudo existe uniforme, moda) correndo ou andando em volta do parque. Alguns eixos evoluíram, já têm passeios bem feitos, permitindo longas caminhadas, ainda que sob o risco de travessia de ruas, conflitos com motoristas nem sempre conscientes dos direitos do pedestre.

Vivemos uma discussão intensa em torno do transporte coletivo urbano. Infelizmente a ênfase acaba sendo o custo das passagens. Ao gosto de quem explora o serviço “transporte coletivo urbano” deveríamos, talvez, sempre falar das maldades dos empresários e das tarifas. Assim esqueceríamos, que para muitas situações, poderíamos dispensar os ônibus.

Precisamos pensar com urgência na qualidade, capilaridade e ampliação de serviços e equipamentos urbanos que dispensem o carro pessoal.

Em Curitiba, por exemplo, o custo mensal (fora outros) para o dono do táxi que pretenda usar um sistema de telecentro é em torno de mil reais. Existe um sistema de chamadas cooperativado, pelo que ouvi mereceria uma análise e regulamentação. Vale propina?

Qualidade, segurança, acessibilidade, educação e disponibilidade de táxis, ônibus, metrô, bonde, carruagem, bicicletas etc. significa poder freqüentar bares, restaurantes, festas, viver a cidade sem a preocupação do trânsito, dos assaltos, da vida noturna e dos acidentes causados pelo álcool (ainda que, dependendo do teor alcoólico no sangue, o indivíduo seja improtegível).

Precisamos de cidades com boas calçadas, bem iluminadas, protegidas, seguras e respeito total do mais forte pelo mais fraco, menos perigoso, ou seja, o motorista do veículo maior deve entender que a prioridade é do pedestre, ciclista, do motociclista e assim também o indivíduo que dirige uma motocicleta deve se obrigar a deixar passar quem não estiver sendo movido a gasolina, o ciclista ao pedestre e assim por diante.

Com certeza existe a necessidade urgente de maior educação, de investimentos a favor de quem não usa automóveis, de atenção total ao pedestre.

Vemos as campanhas contra a utilização de bebidas por aqueles que vão dirigir, inclusive valendo para os acompanhantes, ensinando-lhes a não perturbar o motorista. Com certeza essa é uma ênfase reduzida por caciques da mídia, sempre a favor dos interesses comerciais das concessionárias de sistemas de TV e telecomunicações em geral.

Não podemos imprimir nos carros frases como agora existem nos maços de cigarro. Podemos, contudo, escolher melhor os deputados, prefeitos, senadores, o Presidente da República.

Sabemos que nosso país carece de instrução, afinal algo em torno de 60% dos brasileiros é analfabeto total ou funcional, a maioria absoluta é analfabeta política. Vendo, contudo, em escolas especiais, clínicas de reabilitação, nos hospitais, nos cemitérios e até observando cadeirantes e PcD em geral ficamos pensando em quantas vidas são destruídas ou atingidas diretamente ou indiretamente pelas loucuras do trânsito.

Muitos desses acidentes não teriam acontecido se nossas cidades oferecessem bons serviços de transporte coletivo, táxis, passeios acessíveis, segurança etc., aliás, só na rubrica segurança, o Paraná teve 1001 pessoas assassinadas nos três primeiros meses deste anos. O pesadelo da falta de policiamento além de facilitar a vida dos criminosos aterroriza o cidadão comum, levando-o a usar automóveis com vidros escurecidos, transitar com velocidade máxima e avançar em sinais fechados...

Andar pelas ruas de que jeito?

Cascaes

25.5.2010






http://www.youtube.com/user/TACVictoria

On December 10th 1989 the first TAC commercial went to air. In that year the road toll was 776; by last year 2008 it had fallen to 303.


A five minute retrospective of the road safety campaigns produced by the TAC over the last 20 years has been compiled. The montage features iconic scenes and images from commercials that have helped change they way we drive, all edited to the moving song Everybody Hurts by REM.



This campaign is a chance to revisit some of the images that have been engraved on our memories, remember the many thousands of people who have been affected by road trauma and remind us all that for everyones sake; please, drive safely.

Transport Accident Commission Victoria.

http://www.tac.vic.gov.au/

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os ônibus e os florianopolitanos



Transparência total




O Brasil possui uma história complicada em torno da seriedade e objetividade de seus governos. A solução encontrada pelos legisladores foi fazer leis e mais leis que, de um jeito ou de outro, acabam sendo contornadas pelos estelionatários.

Do Houaiss : Estelionato - Rubrica: termo jurídico. Fraude praticada em contratos ou convenções, que induz alguém a uma falsa concepção de algo com o intuito de obter vantagem ilícita para si ou para outros (p.ex., a venda de coisa alheia como própria, a hipoteca de bem já hipotecado, a emissão de cheque sem fundos); burla

A seqüência incrível de escândalos demonstra a nossa posição no ranking mundial da corrupção, lá pelo meio, situação vexamosa para um país que se diz cristão e com tantos problemas sociais pendentes.

Maravilhosamente temos a internet, blogs, youtube, twitter, etc. possibilitando, agora, um padrão de comunicação e mobilização inimagináveis até a poucos anos. Com os celulares temos condições de obter informações quase instantâneas de tudo o que se torna público, ótimo!

O desafio agora é aprimorar a internet e aprender a usá-la de forma inteligente, eficaz.

Estamos acompanhando a luta dos florianopolitanos contra aumento de tarifas de ônibus na capital de Santa Catarina. Graças à internet podemos saber detalhes que não eram comuns na grande imprensa.

Que exemplo os estudantes e o povo da ilha estão dando para nós e, vendo isso tudo, imaginamos o que deveríamos ter feito em situações piores que afetaram os paranaenses recentemente. Não reagimos, pagaremos caro.

O que todos querem, afinal de contas?

Agora é acompanhar a Copa do Mundo, paciência, afinal somos brasileiros. E depois?

Vimos em Florianópolis uma questão que merece atenção.

Na legislação que disciplina os serviços municipais temos os “Conselhos de Usuários, “Conselhos de Consumidores” etc.

Algo equivalente nós encontramos na estrutura de concessões em níveis superiores (Estado e União).

As perguntas são: funcionam? São eficazes? Representam o povo de forma adequada?

Devemos usar melhor os sistemas de consulta popular e nada impediria que fizéssemos eleições com mais freqüência para outros postos da administração pública, principalmente para aqueles que nos representam junto às concessionárias de serviços públicos essenciais.

Graças à internet, urnas eletrônicas, à experiência brasileira com a votação e apuração informatizada até para a Presidência da República, poderíamos criar padrões diferentes de representação e eleição dos Conselhos.

De um jeito ou de outro, com a tecnologia moderna ou sem esses recursos, não estamos tranqüilos, está na hora de repensarmos nossos sistemas políticos e administrativos.

O que está acontecendo em Florianópolis é um exemplo da irritação popular, algo que poderá se espraiar pelo Brasil, assunto não falta. Essa é a nossa esperança.



Cascaes

24.5.2010

sábado, 8 de maio de 2010

Estudantes em manifestação contra tarifas em Florianópolis




Blog
http://wp.clicrbs.com.br/narua/?topo=77,2,18,,,77
Um detalhe válido, tarifas diferentes se em cartão ou unitariamente, resta saber como é esse cartão.

Detalhes do sistema na Ilha
http://www.guiafloripa.com.br/utilidades/onibus/sit.php3