4.3.1.4 TAXA DE RISCO
Esse item é aplicado apenas ao
ônibus híbrido, também chamado de Hibribus.
Para muitas pessoas o ônibus
híbrido é um dos vilões da tarifa, mas isso não é verdade.
O grande problema do ônibus é o
alto custo de aquisição, pois se trata de uma nova tecnologia no mercado. Da
forma como ele foi inserido no sistema de Curitiba, seu custo fica mais caro se
comparado com ônibus similares, devido o contrato estabelecido entre a URBS e a
Volvo. Desde setembro do ano de 2012, 30
hibribus circulam na cidade.
O contrato prevê, a amortização
do passivo gerado pela substituição dos ônibus, uma taxa de risco operacional
por se tratar de uma nova tecnologia. Juntos, estes dois itens equivalem a
custos de quase R$ 135 mil ao mês ou mais de R$ 1,6 milhão ao ano.
De acordo com o relatório final da Comissão de Análise da Tarifa do
Executivo Municipal, os ônibus desativados estão em plena vida útil, dessa forma
eles poderiam ter sido vendidos ou estarem em uso por outras linhas.
O que não poderia ocorrer é os ônibus ficarem parados e continuarem
sendo remunerados e amortizados como se estivessem sendo utilizados.
Com relação à taxa de risco, não há justificativa para esta cobrança,
pois a tecnologia utilizada nos ônibus híbridos já está consolidada por seu uso
em larga escala, há vários anos, em outros países. O argumento de que esta
tecnologia poderia trazer riscos não é válida.
Apesar dos críticos devido ao alto custo de aquisição, a economia de
combustível e o ganho ambiental não foram contabilizados na planilha. De acordo
com dados divulgados pela Volvo, o sistema híbrido proporciona uma redução no consumo
de combustível de até 35%. Já a diminuição das emissões de poluentes pode chegar
a 90% na comparação com motores a diesel convencionais.
Cada hibribus deixa de emitir
cerca de 30 toneladas de gases poluentes ao ano, o que representa quase 1
milhão de toneladas se somados os 30 ônibus que estão em operação.
Em curto prazo isso pode não
significar muito, mas para a Curitiba que queremos para o futuro simboliza uma
mudança de paradigma, do veículo de transporte coletivo movido a combustível fóssil
por um veículo movido a combustível limpo, e representar economia no tratamento
de saúde da população.
Dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS) apontam que 3,3 milhões de pessoas morrem ao ano em decorrência da
poluição do ar nas ruas.
Dessa forma sugere-se que a taxa
de risco seja eliminada da Tarifa e eventuais riscos devem ser assumidos pelo
concedente ou pelo contratado, não ao usuário do serviço público.
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