quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Vamos usar todos os recursos de comunicação possíveis

Instrumentos de discussão


Vivemos uma época com inúmeros recursos de análise e discussão, sem falar no aprendizado possível se soubermos escolher debatedores e todos se dispuserem a expor seus conhecimentos. Isso é infinitamente mais do que tínhamos há poucos anos, quando, na melhor das hipóteses, dependíamos de rádio ou telefone fixo para troca de idéias ou os famigerados grupos presenciais. Ruins, pois implicavam na disponibilidade de muitas pessoas em horários difíceis, nem sempre adequados aos participantes. Para qualquer reunião era e é necessário deslocar-se, ter local e controle de agenda e pauta, pois o precioso horário pode facilmente ser desvirtuado em assuntos exóticos.

Agora é possível colocar sugestões e trabalhos em blogs ou portais, falar usando o youtube e similares, repassar filmes, fotografias, links, se necessário conversar, usar grupos de debate, aproveitar o Orkut e até andar pela cidade trocando idéias com os celulares (telemóveis) para mobilização e troca de idéias.

Com certeza essas ferramentas atualíssimas exigem uma nova mentalidade de comunicação. São extremamente recentes, exceto para os jovens que já nasceram na frente de teclados de computadores e jogos eletrônicos.

A dinâmica do século 21, contudo, exige amplitude, democratização e preparação de todos, crianças, jovens, adultos, idosos, gente de qualquer sexo, cor, religião, clube de futebol, paixão e interesses em torno do desafio da sustentabilidade e otimização social e política dos cidadãos e cidadãs.

Estamos agora acompanhando ao vivo e a cores os dramas da humanidade. A TV (principalmente) fez de todos nós cúmplices ou parceiros de inúmeros processos, tudo agora ampliado substancialmente pela Internet.

No Brasil estamos atrasados, carentes de soluções para inúmeros problemas. Uma série extremamente infeliz de governos e de paradigmas ruins criou uma nação com desigualdades absurdas e questões gravíssimas que precisam de soluções no menor prazo possível.

Vemos e sentimos no bolso e em nosso cotidiano os efeitos da má gestão, isso sem contar com o crescimento absurdo da criminalidade, dos viciados em drogas, das pessoas destruídas no desamparo do lar e da cidade.

Agora, por exemplo, estamos em Curitiba observando uma concorrência pública que afetará a vida de todos os curitibanos nas próximas duas décadas, pelo menos: a concorrência para outorga de concessões para exploração do transporte coletivo urbano da cidade. Temos experiências ruins, a pior, talvez, a da concessão de pedágio nas rodovias do Estado. E onde estamos? De férias, nas praias, passeando. Quando a maior parte das nossas lideranças voltarem, a URBS estará abrindo propostas, armada de advogados e argumentos para sacramentar um processo mal discutido, pois os termos do edital só foram dados ao conhecimento popular ao final do mês passado.

Nesses momentos a internet ganha valor, a imprensa mais do que nunca e a disposição que alguns de nós tiverem para trocar informações e idéias que levem a sugestões de ações para indução de nossas autoridades municipais a terem juízo.

Não podemos esquecer o tremendo poder de alguns empresários ligados ao transporte coletivo em nosso país. É gente que manda lá pelos gabinetes de Brasília, com ou sem cuecas.

Vamos usar intensivamente tudo o que pudermos para, pelo menos no retorno das férias nossas cabeças coroadas saibam agir de maneira eficaz, dando consistência ao que poderá ser um erro histórico e muito caro em Curitiba.



Cascaes

7.1.2010

Um comentário:

André Caon Lima disse...

Com relação a enquete, foi feita audiência pública onde inclusive participamos através da Sociedad Peatonal, colocando alguns questionamentos que aparentemente não foram contemplados no edital de licitação.
Exemplos:
- Tarifação diferenciada em horários de baixa procura (semelhante a tarifa horo-sazonal da copel);
- Integração temporal (o cartão fica habilitado durante 2h e o usuário pode pegar qualquer ônibus - torna a viagem mais rápida e elimina a necessidade de terminais);
- Implantação de dispositivo de supervisão da lotação excessiva dos ônibus.