segunda-feira, 22 de abril de 2013

Passado e presente

domingo, 14 de abril de 2013

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A integração deixará de existir - e como ficam os usuários e o sistema de transporte coletivo, o que acontecerá no "day after"?


Pesadelo operacional, o fim da integração no transporte coletivo metropolitano na RMC
Talvez algum dia os brasileiros acordem para a importância superior do gerenciamento técnico das cidades, dos estados e da União às simples conveniências políticas e eleitoreiras.
Vimos tragédias nesse início de 2013 de envergonharem qualquer mestre de obras, quanto mais os bons profissionais em Engenharia porventura existentes. Vítimas da demagogia e despreparo de governantes, parlamentares e até funcionários de repartições públicas e concessionárias dedicados a serviços essenciais, muita gente morreu, ficou aleijada, viu suas moradias destruídas etc. enquanto o Governo só fala e pensa na Copa do Mundo e algumas bolsas a mais para apaziguar eleitores que lhe interessam.
No Paraná vivemos numa situação kafkiana.
Com a derrota em Curitiba, o Governo do Estado, amargando ainda prejuízos fiscais com atitudes intempestivas do Governo Federal, decidiu encerrar o subsídio ao transporte coletivo urbano integrado da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), salvo melhor juízo.
Podemos analisar e discutir eternamente as vantagens e desvantagens da integração, mas com o fim sumário em maio, a mudança será operacionalmente colossal; estamos preparados para isso? Será que todos pararam para pensar nas consequências, no “day after”?
Atualmente, após tantos anos de integração temos linhas embaralhadas, os terminais estão feitos para suportar a integração, não têm barreiras e catracas entre ônibus da RIT e aqueles de Curitiba, assim como em alguns outros municípios da RMC. Com o final da integração onde e quais linhas operarão? Onde os passageiros poderão embarcar, como identificarão as melhores opções e quanto pagarão pelas passagens?
Os empresários terão de imediato ônibus, motoristas, cobradores e mecânicos para trabalhar na ampliação da frota que perde otimização com a desintegração da RIT?
O Terminal da Guadalupe suportará mais ônibus? Existem terminais em Curitiba ou áreas de estacionamento e regulação dos ônibus da RMC na condição operacional que se avizinha?
Será que todo mundo enfiou a cabeça em algum buraco, apelando para a solução “avestruzeana”?
Parece que o sofrimento do povo é secundário.
Pretende-se criar um pesadelo para o tarifaço pretendido pelas empresas?
A história do “bode russo” é conhecida. Uma família em conflito de repente tem que abrigar um bode em casa por decisão do chefe familiar (homem ou mulher). A partir desse momento todos começam a detestar e discutir a presença do bode e se lembrar de como era boa a casa antes do intruso peludo e fedorento. Quando o mal-estar torna-se suportável, o chefe de família manda retirar o bode da casa. A partir aí a felicidade e concórdia voltam a reinar, todos felizes com a distância do cheiroso e a utilização exclusiva dos seus quartos e salas.
Qual é a estratégia reinante? Não acreditamos em falta de inteligência. Existe opção decidida?
O Ministério Público deveria entrar em cena para cobrar explicações preventivas, assim como os sindicatos, CREA, CAU, IEP, vereadores etc. A prudência e até a possível responsabilização pelo que ocorrer exigem ações judiciais e técnicas de embasamento de prováveis acusações.
É também assunto para todos os municípios do Paraná, afinal, se o subsídio for mantido, como ficam outras regiões do estado com cidades conturbadas. Isso foi colocado com vigor, não pode mais ser esquecido.
O pesadelo, contudo, será o período de ajustes. Gente humilde será sacrificada ao extremo. Trabalhadores gastarão mais tempo em seus deslocamentos, estudantes sem direito a uso de automóveis ($$$) poderão perder aulas, o trânsito vai piorar...
Curitiba era uma cidade responsável e modelo de urbanismo. Poderá voltar a sê-lo. Mais importante que critérios de desenho urbano, contudo, é a operação dos sistemas existentes, a manutenção, a confiabilidade, a utilização otimizada das concessionárias, equipamentos urbanos, ruas, etc. e serviços existentes.
Uma metrópole não pode aceitar improvisações evitáveis, mais ainda, a falta de transparência técnica e de informação necessária e suficiente à vida justa e merecida de seus habitantes.

Cascaes
12.4.2013
P.S.: se você usa a RIT, sabe qual será a situação a que estará sujeito se a integração acabar?


domingo, 7 de abril de 2013

Rotina

Atavismo senil



Síndrome[i] “Ponte sobre o Rio Kwai”
Da Wikipédia temos: “Síndrome, sm ou sf,[1] (palavra originada do grego antigo συνδρομή, συν+δρόμος significando "con+correr"), também chamado sindroma ou síndroma[2] ou ainda síndromo[3] é um conjunto de sinais e sintomas que define as manifestações clínicas de uma ou várias doenças, independentemente da etiologia que as diferencia.” 
Na Engenharia, Arquitetura e Urbanismo podemos ver algo semelhante a uma síndrome tão perniciosa quanto esta (Ponte sobre o Rio Kwai), talvez somada a outras endemias comportamentais que atrapalham a vida dos brasileiros..
Neste filme, entre outras coisas, vemos uma quase confraternização entre engenheiros e técnicos com seus captores (síndrome de Estocolmo?). Assim sentimos quando colegas de profissão vendem lealdades em prejuízo de suas profissões.
O conservadorismo técnico tem muito a ver com o que podemos aprender no filme (A Ponte do Rio Kwai). Prisioneiros de guerra em um campo de concentração japonês acabam querendo e fazendo uma ponte que os japoneses não conseguiam. Tinha como finalidade a passagem de trens carregados de soldados e armas do inimigo dos ingleses na Segunda Guerra Mundial. O comandante dos prisioneiros apaixonou-se pela obra que administrou e acabou morrendo em luta contra um comando aliado enviado para destruí-la. O filme é o retrato perfeito de muitas situações profissionais, quando funcionários acabam fazendo o que o chefe manda a contragosto, mas que o tempo tornará A OBRA OU SERVIÇO DE VALOR MIDIÁTICO. ASSIM, APÓS ALGUM TEMPO, QUEM DEVERIA DENUNCIAR OS EQUÍVOCOS PASSARÁ A DEFENDÊ-LOS, APAIXONADO PELO TRABALHO QUE COMANDOU.
Evidentemente não temos diploma nem registro em alguma corporação médica, psiquiátrica, psicológica ou qualquer coisa parecida que nos autorize a estabelecer conceitos comportamentais, mas é uma tentação irresistível observando o que chamam de preservar o passado justificando a sustentação de soluções agora facilmente percebidas como equivocadas.
Em Curitiba a teimosia em manter calçadas intransitáveis é até criminosa enquanto em alguns setores nacionais vemos o desastre da radicalização de conceitos neoliberais no setor energético, assim como o compadrismo político que herdamos sabe-se lá de quem e é uma avenida a favor da corrupção e nomeação de pessoas incompetentes.
O que sentimos é o desprezo da otimização sob critérios de Engenharia, Sociologia, Direitos Humanos e respeito ao povo. Esse comportamento é causa de desgraças e tragédias, para quê? Para dizer que imitamos bem a cidade de Lisboa?
Felizmente os engenheiros estão sendo acordados pela força da mídia, que não cansa de mostrar erros absurdos e até a irresponsabilidade de projetos eleitoreiros e caríssimos.
Somando tudo, demagogia, vontade de agradar turista que adora voltar para sua terra e sentir que somos atrasados, eles superiores a nós, e a má Engenharia encontramos um cenário desolador. Dependemos demais de novas gerações de profissionais, mais responsáveis e melhor preparados, o que incomoda é pensar em quanto tempo e quantas tragédias serão necessárias até que mudanças reais aconteçam, principalmente na valorização da boa Engenharia.

Cascaes
7.4.2013



[i] ...Os síndromes usualmente são denominados pelo nome do médico ou cientista que primeiro os descreveu (por exemplo Síndrome de Down). Outras vezes (mais raramente) recebe o nome do paciente no qual foi diagnosticado pela primeira vez, ou ainda em referência à poesia, geografia ou história, como o síndrome de Estocolmo, em referência ao assalto de Norrmalmstorg do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo de 23 a 28 de Agosto de 1973. (Wikipédia)




Constrangimentos e dúvidas em relação à bilhetagem eletrôncia em Curitiba (IPK, cartões desmagnetizados etc.)