quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Prefeito anuncia que Praça do Japão vai ganhar Largo Tomie Ohtake

Prefeito anuncia que Praça do Japão vai ganhar Largo Tomie Ohtake: A implantação deverá estar concluída até 29 de março, para as comemorações do aniversário de Curitiba



A Praça do Japão, no bairro Água Verde, vai ganhar o Largo Tomie Ohtake. No espaço, que será implantado com as obras da primeira fase do ônibus Ligeirão Norte-Sul, haverá uma escultura de Tomie, considerada a “dama das artes plásticas brasileiras”. 
Nesta terça-feira (20/2), o prefeito Rafael Greca recebeu em Curitiba o arquiteto e designer Ricardo Ohtake, filho da artista e diretor do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
“Vamos implantar o Largo Tomie Ohtake com uma bela escultura da grande artista japonesa naturalizada brasileira na área remanescente por onde o ônibus circundará a praça", contou o prefeito. "Não haverá trauma algum para a Praça do Japão com o funcionamento da primeira etapa do Ligeirão Norte-Sul”, afirmou Greca, durante visita à praça, acompanhado por Ricardo.

A definição sobre qual obra irá compor o largo será do Instituto Tomie Ohtake. A implantação deverá estar concluída até 29 de março, para as comemorações do aniversário de Curitiba, quando deverá ter início a operação do Ligeirão Norte-Sul em sua primeira fase.
Será a segunda obra pública de Tomie a ser implantada em Curitiba. Outra escultura, com 11 metros de altura, está instalada no Museu Municipal de Arte (MuMA) – Portão Cultural. A obra foi criada especialmente para Curitiba, em 1996, para celebrar o centenário de amizade Brasil-Japão.
Praça preservada
“Os lagos, o pagode e os monumentos ficarão onde estão. A única coisa que vai acontecer no entorno da Praça do Japão é a abertura de uma antiga rua que já existia”, explicou o prefeito. O retorno do ônibus permitirá que o ligeirão volte no sentido Praça do Japão – Santa Cândida. Os passageiros com destino final à Praça do Japão desembarcarão na estação-tubo, o ônibus contornará a praça vazio e com velocidade reduzida (máxima de 30 km/h), e fará o caminho de volta (os passageiros embarcarão na Estação Bento Viana, sentido Santa Cândida).
Para Greca, a implantação da nova linha de transporte representa um benefício incomensurável para a cidade. “A cidade vai avançar e vai melhorar. Serão 36 mil passageiros por dia que poderão utilizar o eixo de transporte com um ganho de 20 minutos no deslocamento entre a casa e o trabalho.”
Quando forem concluídas as obras para a ultrapassagem na canaleta no eixo sul, o ligeirão deixará de retornar na Praça do Japão e seguirá no sentido dos terminais do Portão, Capão Raso e Pinheirinho.
Benefícios
Parando apenas em terminais e estações de grande fluxo, o Ligeirão vai permitir ganho de tempo aos usuários que fazem o deslocamento desde o Terminal Santa Cândida até a região do Batel e Água Verde, passando pelo Centro, e vice-versa em comparação aos que usam a linha paradora que permite embarques e desembarques a cada 500 metros nas estações tubo.

Saindo do Santa Cândida, o Ligeirão Norte-Sul vai parar no terminais Boa Vista, Cabral, estações Passeio Público, Central, Eufrásio Correia, Oswaldo Cruz e Bento Viana, a última para o desembarque. 
Na linha expressa Santa Cândida - Capão Raso os ônibus fazem as seguintes paradas desde o Santa cândida até o Batel: Terminal Santa Cândida, estações-tubo Joaquim Nabuco, Fernando de Noronha, Antônio Lago, Terminal Boa Vista, estações-tubo Gago Coutinho, Holanda, Antônio Cavalheiro, Terminal Cabral, estações Bom Jesus, Moisés Marcondes, Constantino Marochi, Maria Clara, Passeio Público, Eufrásio Correia, Alferes Poli/Catedral da Fé, Oswaldo Cruz, Coronel Dulcídio e Bento Viana.
A Prefeitura já conseguiu aprovar junto à Caixa Econômica Federal cinco projetos, no total de R$ 15 milhões, para as obras de ultrapassagem nas estações Silva Jardim, Dom Pedro I, Morretes, Carlos Dietzsch (Igreja do Portão) e Itajubá. Com a liberação dos recursos pelo governo federal será possível licitar as obras para o funcionamento do ligeirão até o sul.

Tomie
Tomie Ohtake chegou ao Brasil em 1936, aos 23 anos, e só começa sua carreira quase aos 40 anos de idade, construindo uma trajetória como poucos artistas conseguiram. Tomie Ohtake (1913-2015) recebeu 28 prêmios, participou de 20 bienais nacionais e internacionais e mais 120 exposições ao redor do mundo.

Ricardo Ohtake é formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, em 1968. Foi diretor do Centro Cultural São Paulo, do Museu da Imagem e do Som e da Cinemateca Brasileira; secretário do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo e secretário do Estado da Cultura de São Paulo. Participou de livros e exposições dos arquitetos Oscar Niemeyer e Vilanova Artigas. Atualmente dirige o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

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