segunda-feira, 21 de junho de 2010

Metrô - ônibus x motoristas - passageiros - povo

From: "JCCascaes"


To:

Sent: Monday, June 21, 2010 4:47 PM

Subject: Re: Relógio é o inimigo dos motoristas de ônibus





> Atenção

>

> O metrô, na linha prevista, SUBSTITUI a de superfície, cujo espaço terá

> outra finalidade, se entendemos bem a proposta existente.

> Obviamente, elevados ou subterrâneos, precisamos acrescentar sistemas que

> AUMENTEM a mobilidade coletiva.

> A proposta para metrô em Curitiba começou mal.

>

> O edital para outorga de concessões existente agrava as exigências sobre os

> motoristas.

> Parabéns pelo registro da visão de motoristas sobre as condições de  trabalho.

> Ônibus não faz milagres, querem tirar "água de pedra" colocando todos em risco, passageiros, motoristas e cobradores, e todos que transitam pela cidade fora dos ônibus.

>

> Abraços>

> Cascaes
> 21.6.2010


> ----- Original Message -----

> From: "PauloBO"

> To: "FoMUS"

> Sent: Monday, June 21, 2010 12:38 AM

> Subject: Relógio é o inimigo dos motoristas de ônibus


> http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/454874/?noticia=RELOGIO+E+O+INIMIGO+DOS+MOTORISTAS+DE+ONIBUS

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ensaios, análises, diagnósticos, conclusões e recomendações








O desastre na Praça Tiradentes (ônibus ligeirinho, 10 de junho de 2010) mostra uma situação que precisa ser entendida com profundidade, necessária quando se toma decisões complexas e de alto risco.



Curitiba optou por utilizar ônibus, que denominou “ligeirinhos”, ou seja, implicitamente usa veículos que, lotados, pesando muito mais do que um automóvel, mais ainda que um pedestre, em trânsito misto, operando em velocidade maior (a energia é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade) pode causar acidentes gravíssimos. Deveria ser dirigido com cautela, prudência, bem mantido e operado de forma segura. O edital em fase final de procedimentos tem, entre suas cláusulas, a elevação da velocidade média do sistema... Se a idéia era reduzir custos, vimos, ao contrário, a obrigação das empresas disporem, por exemplo, de ônibus para uso “social” gratuito, pode?



A capital paranaense torna-se mais e mais motorizada e suas ruas não se transformam com a mesma velocidade, algo necessário a tantos carros se houvesse espaço para todos. Sem metrô e tendo quase esgotado sua capacidade de fazer mais circuitos dedicados aos ônibus, enfrenta a opção de reduzir margens de segurança (e prudência) para conter tarifas (que dependem diretamente da velocidade média dos veículos) sem criar subsídios, ao contrário, agregando custos (concorrência para outorga de concessões, onerosa para os usuários e concorrentes sob diversos aspectos).



Qual é o grau de consciência de nossas autoridades e lideranças civis? O que pretendem? Que prioridades governam suas decisões? Sabem o que estão fazendo?



O acidente mostrou, nas reportagens publicadas, a necessidade de se esclarecer a importância da multidisciplinaridade de um tema tão importante quanto o transporte coletivo urbano. Se quisermos um bom padrão de diagnósticos e propostas sustentadas por indivíduos preparados especificamente devemos lembrar que isso significará agregar diversas análises, diferentes, feitas por especialistas de formações diversas e de alto nível. Atenção: impõem-se análises cautelosas, bem feitas, com ferramentas de última geração diante das dimensões curitibanas.



Felizmente em Curitiba temos recursos humanos excelentes. A cidade virou pólo automobilístico e suas universidades, a PMC e COMEC somam décadas de experiência.



A VOLVO exporta chassis de altíssimo nível, montados em Curitiba, o que fez para a cidade de Santiago do Chile, recentemente, para onde foram mais de mil carros[i] com piso rebaixado, articulados, motores com características excepcionais, controle de aceleração e desaceleração, freios especiais, suspensão inteligente, computador de bordo, caixa automática, ajoelhamento etc. Algumas encarroçadoras nacionais completaram o trabalho que nossos vereadores (Legislatura anterior) conheceram, pois lá estiveram visitando o sistema há dois ou três anos. Note-se que a capital do Chile fez investimentos colossais em transporte coletivo urbano nessa última década.



O LACTEC (instalado no Centro Politécnico da Universidade Federal e no CIETEP) possui um laboratório dedicado à indústria automobilística, que merece ser conhecido pela população de Curitiba e pode fazer muito mais se tiver o apoio de nossas autoridades e souber aproveitar recursos dos Fundos Setoriais da FINEP, por exemplo, para pesquisa e desenvolvimento de produtos e soluções. Note-se que esse laboratório abriga diversos ambientes de P&D, possibilitando uma sinergia rara.



Se quisermos falar de vivência prática a COPEL (uma empresa sob controle estatal), entre outras empresas, acumula décadas de experiência de manutenção de instalações complexas, de alto risco, excepcionalmente exigentes. Note-se que a implementação plena do projeto BEL (Banda Extra Larga) viabilizará sistemas de supervisão com padrão excepcional de qualidade e confiabilidade.



Isso tudo significa a possibilidade de trabalhos especiais, desde que nossas autoridades se harmonizem e aproveitem ao máximo o que nosso estado oferece.



Ou seja, além dos tarifeiros, economistas, administradores, urbanistas, arquitetos, engenheiros civis, de informática, eletrônica etc. em Curitiba encontramos uma plêiade de especialistas em mecânica, matemáticos, técnicos em ensaios, pesquisadores e doutores que poderão, se acionados de forma correta, contribuir para um aprimoramento gradativo do sistema existente.



Mais ainda, com a ajuda de sociólogos, psicólogos, médicos e outros profissionais da área da saúde há como prevenir problemas relativos aos recursos humanos da frota operante, algo extremamente importante diante do que vimos e ouvimos gratuitamente, simplesmente usando os ônibus e prestando atenção à conversa de motoristas e cobradores.



A dimensão do transporte coletivo urbano de Curitiba justifica esse cuidado.



Curitiba é modelo para o resto do Brasil, isso também é perigoso.



Os maus exemplos podem ser entendidos como boas soluções. A cidade já teve sua fase áurea, o que explica a fama. Além das canaletas e tudo o que podemos ver hoje, fora aspectos técnicos e gerenciais menos visíveis, foi, exemplificando sua fase dourada, a primeira cidade do Hemisfério Sul a ter um sistema ótico (comandado à distância) de supervisão do trânsito (projeto Marcos Prado, sistema abandonado inexplicavelmente após enormes investimentos e operação durante poucos anos).



Pior ainda quando sabemos que interesses econômicos colossais pairam sobre a exploração (no sentido lato desta palavra) dos transportes coletivos urbanos, interesses que muitas vezes extravasam a legalidade na simbiose deletéria entre a política e negócios.



Ficamos em dúvida quanto aos critérios gerenciais existentes observando o que está acontecendo.



Diante de tudo isso, devemos e podemos exigir de nossas autoridades um trabalho sério, responsável, competente até por que o mundo está mudando em todos os sentidos cobrando mais cuidado com as cidades e, graças à internet e à liberdade de comunicação, poderemos sustentar indefinidamente campanhas de alerta e vigilância dos serviços essenciais e suas concessionárias...



Talvez tenhamos menos do que pretendemos, mas se formos perseverantes alguma coisa poderemos corrigir.


Cascaes
14.6.2010
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[i] http://otransportecoletivourbano.blogspot.com/2009/02/oficio-ao-ministerio-publico-em-25-de.html

domingo, 13 de junho de 2010

Estatísticas e o acidente da Praça Tiradentes




----- Original Message -----

From: JCCascaes

To: FOMUS

Sent: Sunday, June 13, 2010 5:43 PM

Subject: Reportagem da Gazeta do Povo em 13 de junho de 2010


http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1013395&tit=Em-5-meses-346-acidentes


http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1012491&tit=Acidente-com-ligeirinho-na-Praca-Tiradentes-deixa-dois-mortos-e-32-feridos

Uma hipótese muito provável da causa do acidente na Praça Tiradentes e entrevista com o motorista

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1015971&tit=Quando-pisava-o-freio-do-onibus-nao-respondia

Subject: Fw: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....



Em tempo, CONCESSÕES por quê?

Mais privilégios garantidos por lei?


----- Original Message -----

From: JCCascaes

To: FOMUS

Sent: Sunday, June 13, 2010 10:59 AM

Subject: Fw: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....


Prezados amigos

Uma explicação de um amigo fraterno...

Acrescentando, estamos com um "apagão" na área da Engenharia.

Só vale preço, tarifa.


Pior, sem criatividade, sem propostas para viabilização razoável do sistema de transporte coletivo urbano no Brasil.



Frota Pública?

Pagamento por km?

Fiscalização enérgica e honesta?

Gerenciamento adequado?

Custo do gerenciamento sem incidência sobre as tarifas?

Isenção total de impostos?

Abraços



Cascaes

13.6.2010





Sent: Sunday, June 13, 2010 10:46 AM

Subject: RE: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....


Grande CAescaes, já sei o que ocasioonou o acidente em curitiba.


a resposta é clara para qualquer motorista de Caminhão ou ônibus experiente.

Basta perguntar a eles o que uma retífica tabajara com peças de procedência duvidosa faz com um motor dieesel.

principalamente nos Motores mercedes, como é o caso do ligeirinho acidentado.

O que ocorre, é que o motor acelera até os 9000 giros e se esfacela todo, e não tem o que faça o motor apagar, nem mesmo desligando a bateria. O Fato é que se o câmbio for manual o motorista pode colocar uma quinta e "afogar o motor", mas se for automático, esqueça, pois a caixa automática não sobe marcha se o motor passar da rotação adequada, o resultato é esse se o motor disparar em uma marcha pesada como a 1ª ou 2ª.

Segundo testemunhas, o ônibus atravessou a praça por volta de 40KM,l logo dá para se enternder que estaria na 2ª ou terceira marcha.

Viu só o que a busca para economizar ums mísseros cascalhos causou de prejuízos às pessoas?

Essa é a administração da URBS e suas concessionárias. ou seja LUCRO A QUALQUER CUSTO, AFINAL OS FIGURÕES DA URBS NÃO TOMAM ÔNIBUS.

UM TFA

sábado, 12 de junho de 2010

Condições de trabalho



Eu tenho uma sugestão - Pucci - CMT - Ghidini

From: Pucci
To: 'JCCascaes'
Sent: Saturday, June 12, 2010 9:45 AM
Subject: RES: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....

Eu tenho uma sugestão, mano:



Os candidatos que ocupam cargos (Prefeito, por exemplo), ficam proibidos de fazer TODAS as obras de maquiagem que não fizeram em seu mandato no último ano para aparecer ao eleitorado. A cidade está intransitável de tanta “obra” que está sendo feita.

Um TFA.

Pucci:.

De: JCCascaes [mailto: jccascaes@onda.com.br  ]

Enviada em: sábado, 12 de junho de 2010 09:38

Para: Undisclosed-Recipient:;

Assunto: Fw: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....


----- Original Message -----

From: JCCascaes
To: fomus@googlegroups.com
Sent: Saturday, June 12, 2010 9:34 AM
Subject: Re: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....


Prezados amigos


Os conselhos de consumidores, de modo geral, seriam extremamente importantes se realmente representassem o povo.
A Copel, por exemplo, vai investir em São Paulo, para quê quando temos tanto a ser feito no Paraná?
Precisamos discutir esse assunto de modo geral.
Não é um problema exclusivo de Curitiba e do transporte coletivo urbano nem da COPEL.
Até a Petrobras deve ser vigiada com lentes de aumento.
Essa é uma responsabilidade de todos nós.

A função do Estado (municípío, estado, União), via concessionárias, é atender o povo em suas áreas de concessão.

Isso impõe a avaliação de prioridades sociais e técnicas.
Creio que devemos aprofundar o debate em termos legais.
Vamos ter eleições, o que sugeriremos aos nossos candidatos?

Abraços
Cascaes
12.6.2010

----- Original Message -----

From: Roberto Ghidini Jr
To: fomus@googlegroups.com  ; marcoshguimaraes@gmail.com
Sent: Saturday, June 12, 2010 6:00 AM

Subject: RE: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....


Amigos, Marcos, André...

Quando digo que o IPPUC e o Instituto de Palpites e Pouca Pesquisa Urbana em Curitiba, isso poderia ser genetralizado a todas as autarquias gestoras do planejamento de Curitiba.

A URBS, a COMEC nao teem estudos de origem e destino dos passageiros!...Imagina se vao ter estudos de traumas ou nível de stress. Isso é o absurdo dos absurdos que ocorre em Curitiba. Com um sistema inteligente de bilhetagem, me parece (já conversei sobre isso com informáticos) que seria até bastante fácil um controle e as comprovaçoes de origem e destino diariamente... Além das pesquisas de campo tradicionais.
Ocorre que o Conselho Municipal de Transportes, que em teoria representaria os interesses do povo, junto à URBS, é um coselho chapa branca. Nao é paritário (é composto em sua maioria por funcionários da propria URBS e das empresas de ônibus) e os poucos membros "isentos" sao omissos e nem mesmo comparecem às reunioes.
Assim, penso que o ponto de partida para a sociedade avançar nas questoes que estao aí colocadas pelo Marcos e defendidas pelo André, passam pela destituiçao imediata deste conselho e a nomeaçao de membros que efetivamente possam atuar em favor da causa pública que no caso é o Transporte Coletivo.

Espero que a mobilizaçao, foque entre outras coisas essa necessidade.
abrazos,
rg

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From: andrecaon@hotmail.com

To: fomus@googlegroups.com

Subject: RE: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....

Date: Fri, 11 Jun 2010 20:32:36 +0000

Amigos, Marcos:

Inicialmente meus parabéns por questionar a falta de estatísticas de acidentes com o transporte coletivo de Curitiba.
Eu mesmo já presenciei acidente com óbito, pessoalmente! Nas proximidades do tubo próximo do Círculo Militar.
Acho que se formos pesquisar, muitas pessoas aqui podem dar relato o que demonstra que as estatísticas devem ser alarmantes!

André Caon Lima

http://www.sociedadpeatonal.org/

coordenação do FoMUS
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Date: Fri, 11 Jun 2010 17:18:40 -0300

Subject: Re: Fw: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....

From: marcoshguimaraes@gmail.com

To: fomus@googlegroups.com


Pessoal, estou querendo escrever uma matéria sobre o assunto e vou falar com a Dra. Clair sobre o ato. É o seguinte. Há muito tempo, venho denunciando em meus artigos, o seguinte:

- Qual é o controle estatístico por parte da URBS sobre o número de acidentes envolvendo transporte coletivo que vem ocorrendo na cidade nos últimos anos?


- Quais são as estatísticas de trabalhadores das linhas afastados ou em tratamento em virtude do stress provocado pelo trânsito?




Recebi informações, da filha de uma psicóloga que trabalha em uma empresa (não sei qual) de ônibus, que estuda com minha minha mulher, que teria dito que os casos são alarmantes. E também que há um alto rodízio de trabalhadores nas empresas. Como podemos comprovar isso?
Como eu pego ônibus todo dia, inclusive, por pouco, não estava neste ônibus que sofreu o acidente, porque é a minha linha, ouvi dos motoristas no Terminal de Campo Comprido que o motorista que estava envolvido no acidente voltou recentemente ao trabalho depois de afastamento por problemas psicológicos por um ano, ou coisa assim.
- Tenho um amigo usuário de ônibus de meu bairro, na Orleans, que sofreu um acidente no Expresso e teve que colocar três pinos na perna. Eu mesmo já vi janelas caindo e estava em um ônibus que sofreu um acidente na Linha Campo Comprido - Pinhais, a mesma deste acidente ...batemos em um carro, em alta velocidade...felizmente, nada de mais grave aconteceu, por perícia do motorista.

Gente, fazer o ato não basta. Precisamos correr atrás dos números...ou criticar a ausência deles e a postura do Sindicato pelego (Sindimoc) que deveria ter estes números.

Marcos H. Guimarães
Em 11 de junho de 2010 16:53, JCCascaes < jccascaes@onda.com.br  > escreveu:
Subject: FW: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....

Sidney Pinto PGM

Celular (41) 9601-3155

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Fiscalização e acidentes - estatísticas e segurança

O Ministério do Trabalho e seus órgãos de fiscalização deveriam investigar (e publicar) a condição de trabalho dos motoristas e cobradores.


Hoje, num ônibus, ouvi conversa de motoristas dizendo que dobram escalas e etc.

Pelo jeito está faltando fiscalização.

Vejam, em Blumenau, no terminal da PROEB as instalações dos fiscais e as comparem com Curitiba...



Em tempo, a situação dos cobradores nas estações tubo é desumana. Onde está o pessoal da Justiça (Ministério do Trabalho)? Não usam ônibus em Curitiba?


Abraços

Cascaes

11.6.2010



----- Original Message -----

From: Marcos Henrique Guimarães

To: fomus@googlegroups.com

Sent: Friday, June 11, 2010 5:18 PM

Subject: Re: Fw: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....





Pessoal, estou querendo escrever uma matéria sobre o assunto e vou falar com a Dra. Clair sobre o ato. É o seguinte. Há muito tempo, venho denunciando em meus artigos, o seguinte:

- Qual é o controle estatístico por parte da URBS sobre o número de acidentes envolvendo transporte coletivo que vem ocorrendo na cidade nos últimos anos?

- Quais são as estatísticas de trabalhadores das linhas afastados ou em tratamento em virtude do stress provocado pelo trânsito?



Recebi informações, da filha de uma psicóloga que trabalha em uma empresa (não sei qual) de ônibus, que estuda com minha minha mulher, que teria dito que os casos são alarmantes. E também que há um alto rodízio de trabalhadores nas empresas. Como podemos comprovar isso?

Como eu pego ônibus todo dia, inclusive, por pouco, não estava neste ônibus que sofreu o acidente, porque é a minha linha, ouvi dos motoristas no Terminal de Campo Comprido que o motorista que estava envolvido no acidente voltou recentemente ao trabalho depois de afastamento por problemas psicológicos por um ano, ou coisa assim.



- Tenho um amigo usuário de ônibus de meu bairro, na Orleans, que sofreu um acidente no Expresso e teve que colocar três pinos na perna. Eu mesmo já vi janelas caindo e estava em um ônibus que sofreu um acidente na Linha Campo Comprido - Pinhais, a mesma deste acidente ...batemos em um carro, em alta velocidade...felizmente, nada de mais grave aconteceu, por perícia do motorista.



Gente, fazer o ato não basta. Precisamos correr atrás dos números...ou criticar a ausência deles e a postura do Sindicato pelego (Sindimoc) que deveria ter estes números.



Marcos H. Guimarães



Celular (41) 9601-3155
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From: spinto@sms.curitiba.pr.gov.br

To: amassuchetto@sms.curitiba.pr.gov.br

Subject: Acidente ônibus LIGEIRINHO Praça Tiradentes .....

Date: Fri, 11 Jun 2010 08:50:38 -0300


Ligeirinho invade as Pernambucanas e mata duas pessoas

FOTOS DO ACIDENTE:
http://www.jornale.com.br/portal/curitiba/138-04-curitiba/4734-ligeirinho-invade-as-pernambucanas-e-mata-uma-pessoa.html

http://jornale.com.br/lineu_click/acidente-na-praca-tiradentes/

Direção de risco – viagem perigosa - Curitiba

Os usuários de automóveis têm uma atenção especial das autoridades federais; devem usar cinto de segurança, os carros precisam de airbags, as crianças estarem em cadeirinhas especiais, os carros devem ser feitos com técnicas de segurança especial e os donos pagarem seguros e taxas anualmente.

E os passageiros dos sistemas de transporte coletivo urbano?

Os ônibus evoluíram muito. Se sairmos do Brasil descobriremos veículos fantásticos (inclusive alguns feitos em Curitiba, Volvo), complementados por linhas metroviárias, monotrilhos, bondes e até barcaças. As grandes cidades mais inteligentes apresentam dezenas de quilômetros de calçadões. Os passeios são transitáveis, contínuos, seguros (não são perfeitos) e as ciclovias e ciclofaixas aparecem rotineiramente.

Vivemos no Brasil, passamos por décadas de crise econômica e perturbações institucionais. Isso foi uma tremenda tragédia, mal estudada do ponto de vista da Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. A História, com raras exceções, só trata de fatos políticos.

Emergimos da penumbra graças à Agroindústria, de uma maneira especial, e a outras atividades que as multinacionais deixaram para nós. Sobretaxas violentíssimas, cotas ridículas, normas técnicas hostis, juros absurdos, agiotagem liberada explorada até pelas estatais brasileiras e banqueiras etc. têm mantido nosso povo na marginalidade com o aplauso de economistas alienados e a omissão total dos outros profissionais, o que importa é oferecer pão e circo para gáudio dos alienados.

O transporte coletivo urbano é um serviço que reflete nitidamente o perfil do povo local. Houve tempo em que o curitibano, mais exigente, sonhava com o melhor, agora contenta-se com pagar o mínimo, incapaz de defender até sugestões que viabilizariam subsídios e maior qualidade e segurança.

Dizemos que o transporte coletivo urbano é um exemplo porque o Poder Concedente é o município. Compete ao prefeito decidir as formas de gerenciamento, tecnologias, custos, capilaridade, segurança, apoio fiscal etc. sobre a forma de oferecer ao povo os meios de transporte coletivo (e individual). Ele decide formando sua equipe e cobrando resultados (ou obedecendo).

Em 10 de junho de 2010 tivemos um acidente gravíssimo na Praça Tiradentes. Ao final a culpa será do mordomo, isto é, do motorista. Não vão dizer em que condições esses profissionais trabalham. Não descreverão os exames médicos e psicológicos a que estão sujeitos rotineiramente, via de regra sob os cuidados de sindicatos nem sempre trabalhando a favor de seus sindicalizados. Dificilmente a empresa operadora será responsabilizada pelo que aconteceu (tem bons advogados) e as vítimas, bem enterrem-nas, talvez com o funeral pago pela empresa de ônibus, e os demais, ainda que sob seqüelas permanentes, vão para o SUS e INSS.

Vivemos de desilusão em desilusão. Quem tem mais de sessenta anos já viveu demais, passou por inúmeras hipóteses de aprimoramento da nossa sociedade. Felizmente agora existe a internet, temos mais uma vez esperança.

Será que vamos melhorar?

O que devemos fazer para reverter essa onda aviltante?



Cascaes

11.6.2010

domingo, 6 de junho de 2010

Relato da repressão policial dentro do Campus da UDESC

* Favor divulgar.
Florianópolis, 01 de junho de 2010

À Comunidade em geral,

Relato da repressão policial dentro do Campus da UDESC



Ontem, dia 31 de maio de 2010, os estudantes de Florianópolis, juntamente com a Frente Única de Luta pelo Transporte Público, deram início a 4ª semana de manifestações contra o aumento abusivo da tarifa de ônibus – dos já abusivos R$ 2,80 para R$ 2,95.

Assim, após às 18h, cerca de 20 manifestantes da UDESC iniciaram sua manifestação pelo lado de fora da Universidade.Neste momento, chegou ao local uma viatura da PM, que ficou somente observando a manifestação pacífica. Em pouco tempo foi possível ouvir o soar das sirenes que pensamos ser de uma ambulância num momento em que a via encontrava-se bloqueada pelos manifestantes e, assim sendo, abrimos caminho. Ao deslocarmo-nos para o canteiro percebemos que o soar das sirenes eram de 4 viaturas do GRT (Grupo de Resposta Tática).

Com isso fomos para a calçada ao lado dos portões da Universidade, ao passo que o grupo de GRT já deslocava-se de suas viaturas. Vieram em nossa direção com as armas Taser e avançaram sobre um estudante da UDESC. Jogaram-no ao chão, espancando-o, enquanto alguns manifestantes tentavam puxá-lo para que este não fosse preso. Contudo, devido à truculência do GRT, acabaram caindo e o discente foi preso.

Em meio à essa primeira demonstração de violência da noite, os alunos que presenciaram o fato correram para os centros da Universidade, chamando a atenção de estudantes, professores e funcionários para o que estava acontecendo. Em poucos minutos todos se dirigiam para frente da UDESC, protestando contra os abusos cometidos pela polícia que tomava novas proporções: tornou-se, também, uma indignação generalizada diante do uso abusivo da força por parte da Polícia.


Com isso os manifestantes que aglutinavam-se no centro da cidade deslocaram-se para a UDESC. Nesse meio tempo alunos contatavam professores. Com a chegada do pessoal que estava no Centro, os manifestantes entraram na universidade e fizeram uma Assembléia (o clima estava tenso, pois havia vários policiais infiltrados, famigerados P2).

A assembléia encaminhou a continuidade do ato, entretanto a polícia havia fechado a outra saída, fazendo com que não tivéssemos como sair de dentro do Campus I da UDESC. Desta forma, voltamos para frente, no portão principal. Tentamos seguir em direção a UFSC, mas a qualquer tentativa de bloquear as ruas as viaturas avançavam em alta velocidade, cantando pneu, sem preocupar-se com a segurança dos que ali estavam. Ficamos impedidos inclusive de caminhar pela calçada, ficando presos pela obstrução da polícia. Tal atitude impedia também os demais alunos e funcionários de saírem com segurança da Universidade, pois eram ameaçados com armas de choque.

O Ministério Público do Estado já havia dado aval para que a polícia utilizasse de todos os meios “legais” para que as principais ruas e avenidas não fossem trancadas.No entanto, a via que ocupávamos ontem sequer estava citada em tal nota, assemelhando-se este documento ao AI5 da época da ditadura. E foi utilizando esses aparatos “legais” que por volta das 21h30 a Polícia invadiu o campus e agrediu estudantes dentro da universidade, fazendo-se uso de gás de pimenta, armas taser, cassetetes e chegando a apontar arma de fogo na cabeça de estudante (a última feita por um P2). Soma-se a isso empurrões, socos, chutes, como o caso de estudante que foi atingido nos órgãos genitais. A manifestação que se pretendia pacífica logo se tornou uma ação incontrolavelmente violenta. Vale enfatizar aqui que nem na época da ditadura era concebível a polícia adentrar as un iversidades.

Das prisões realizadas na calçada em frente à UDESC e dentro do campus, a maioria estudantes da UDESC. Totalizava-se assim, juntamente com a prisão realizada por volta das 20 horas e 30 minutos, 5 detidos. Foram encaminhados para a 1ª DP e para a Central de Polícia, com exceção de um dos estudantes que passou pelo posto avançado da madre Benvenuta, 5ª DP, 1 ªDP e para a Central de Polícia. Os detidos foram liberados somente de madrugada, após assinarem o termo circunstanciado.

Diante dessa situação, professores da UDESC se deslocaram para o local, dentre Chefe(s) de Departamento(s) e Diretores de Centro. O tenente-coronel Newton Ramlow informou a um(a) dos professores que havia detido pessoas infiltradas de São Paulo, que não faziam parte do movimento e que vêm pra cá só pra causar confusão, além de um estudante da UDESC que estava “incomodando” desde as 7:30! Tomando nota de quem foram as pessoas detidas logo constatamos que a informação não era verídica.

Foi iniciada uma cobrança pelas vias institucionais, solicitando um posicionamento da Reitoria da UDESC contra a repressão policial ocorrida na noite de ontem. Na hora das atrocidades cometidas pela polícia, fecharam-se as portas para os manifestantes que procuravam ali alguma segurança.

O fato ocorrido ontem é mais uma evidência concreta da criminalização dos Movimentos Sociais em nosso país e no mundo! Repudiamos a invasão do Campus e a ação violenta da polícia! Repudiamos a nota do Ministério Público do Estado! Repudiamos a criminalização dos Movimentos Sociais! Nossa luta é por um Transporte Público de qualidade!

Assinam:

DART – Diretório Acadêmico de Artes
DAOM – Diretório Acadêmico Oito de Maio
CALGE – Centro Acadêmico Livre de Geografia
CAH –Centro Acadêmico de História
CAP – Centro Acadêmico de Pedagogia
CAMUS – Centro Acadêmico de Música
CAAB – Centro Acadêmico Augusto Boal

quarta-feira, 2 de junho de 2010

CARTA ABERTA DO MOVIMENTO PASSE LIVRE À POPULAÇÃO DE CURITIBA

O Movimento Passe Livre no dia 1º de Junho de 2010 acompanhou a votação do pedido da câmara à URBS para esclarecimento do processo licitatório do transporte coletivo que há dois meses não divulga os valores da mesma.
Feito o ato para pressionar os vereadores da situação a fim de cobrar uma posição da URBS, fomos derrotados. Os vereadores "enrolaram" até que a sessão chegasse ao final sem que fosse votado o pedido.
Mais uma vez entendemos essa atitude dos vereadores da bancada da situação como mantenedores do lucro injusto das três famílias usurpadoras que sugam os trabalhadores através da tarifa imoral compulsória que vem taxando-nos.
Servem como soldados da oligarquia empresarial contra o povo. Povo esse que elegem para câmara os vereadores que teoricamente defenderiam os interesses populares e não interesses de uma quadrilha instaurada no fulcro da administração municipal, como temos visto.
É um verdadeiro golpe à democracia o que assistimos nesse dia 1º de Junho de 2010, onde um simples pedido de divulgação do resultado da licitação do transporte coletivo é negado à população de Curitiba sem qualquer argumento.
Isso reforça, novamente, o poder que essa quadrilha tem dentro dos três poderes. São negados os direitos dos cidadãos em saber sobre os processos licitatórios da cidade em que vive.

É com muita lástima que o Movimento Passe Livre enxerga o processo fraudulento da licitação do transporte coletivo em Curitiba; os empresários que enriquecem de modo escuso e também seus coadjuvantes vereadores, deputados e correligionários entrelaçados como vermes nas entranhas do Estado.


Movimento Passe Livre, 2 de Junho de 2010.

terça-feira, 1 de junho de 2010